7.10.10

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA






A ancestralidade africana esta impressa na pele daqueles que são pretos devido a ligação direta com o continente MÃE da origem humana, ou também, na CONSCIÊNCIA daqueles sabem ou conhecem a historia do homem e a origem de sua formação social. Logo é inevitável as perguntas referentes a nossa estrutura social atual e as de “antigamente”, isto é, as estruturas sociais de “antigamente” é estudada somente pelo ponto de vista dos neocolonizadores, como Europa – U.S.A., assim sendo, a historia de quem sofreu o abuso dos neocolonizadores é distorcida, inferiorizada, criminalizada e ate exterminada a medida em que nos é imposta um padrão de estrutura social baseada “oportunidade de mercado”, que transforma todo tipo de atividade humana em valor vendável e pronto para consumo. Porém, os produtos das atividades humanas passa por inúmeros processos que vai desde a significação do que vai ser produzido ate o valor de tal produção, que são medidos pelas mesmas nações que “abusou e abusam” diversas culturas e etnias, e agora com técnicas e conceitos injetada mas estruturas sociais como educação, relações de troca constituição familiar entre outras atividades humanas, logo EU afrodescendente como posso afirmar minha africanidade numa sociedade que opera com duras penas de exclusão a afirmação de uma cultura que sofreu com tantos abusos?

Minhas características estáticas logo revela minha ancestralidade africana, através da cor da pele, cabelo, traços faciais e isso já captado pelo semelhante (independente da etnia) formula em sua mente um conjunto de valores atribuído a tais características visíveis. A busca por valores atribuídas aos meus ancestrais faz compreender a essência do meu ser, considero fundamental tais conhecimentos ancestrais, pois as gerações passadas esta impressas no tempo presente tanto na carga genética como nas milhares manifestações sociais humana, sendo assim retomo minha CONSCIÊNCIA histórica faz perceber onde esta ocultado o racismo nas entrelinhas sociais, os reflexos sociais nos mostra a diferença de tratamento na afirmação com o que nos identificamos, obviamente é sempre mostrado um reflexo padronizado com estática pensamento e comportamento já definido, e logicamente as referencias que nos são dadas tem características europeias “branca”, pulverizado nas vestimentas, nos bens produzidos de maneira industrializadas, todos esses itens carrega a grande carga simbólica e cultural, vários conceitos tentam definir tal ação, mas pouco tem sido feito para regular essa acessibilidade a diferentes atividades humanas.

Como que você se identifica qual o seu reflexo? O pensamento pan-africano nos faz ver que os efeitos da globalização de fluxo único “globalizadores neocolonialistas” =injeta=> “globalizado”, e a via contraria não acontece... Como resolver isso?

Buscar minha ancestralidade é a ferramenta inicial para manter o equilibro cultural da humanidade e difundir informações sobre a ancestralidade africana ajudará muitas pessoas com crise de identidade, que por mais que use jeans ao olhar no espelho veja um africano que tem uma cultura tão rica quanto qualquer produto descarregado em massa pelo globalizador.

Uma das formas de entender o pensamento africano é conhecer sua relação como tempo, tive minhas próprias experiencias mas usarei as palavras de Ki-Zerbo para explanar tal relação:

“De fato, é preciso atingir uma concepção geral do mundo para entender a visão e o significado profundo do tempo entre os africanos. Veremos então que o pensamento tradicional, o tempo perceptível pelos sentidos não passa de um aspecto de um outro tempo vivido por outras dimensões da pessoa. Quando vem a noite e o homem se estende sobre sua esteira ou sua cama para sdurmi, é o momento que seu duplo escolhe para partir, para percorrer o caminho seguido pelo homem durante o dia, frequentar os lugares que ele frequentou e refazer os gestos e os trabalhos que ele realizou conscientemente durante a vida diurna. É no curso dessas peregrinações que o duplo se choca com as forças do Bem e do Mal, com os bons gênios e com os feiticeiros devoradores de duplos ou cerko ( em língua Songhai e Zarma). É no duplo que reside a personalidade de cada um. O songhai diz que o bya (duplo) de um homem é pesado ou leve, querendo significar que sua personalidade é forte ou fragil: os amuletos tem como finalidade proteger e reforçar o duplo. É o ideal é chegar a confundir-se como proprio duplo, a fundir-se nele ate formar uma só entidade, que ascende assim a um grau de sabedoria e de força sobre-humano. Somente o grande iniciado, o mestre (Kortékonynü, Zimaa) atinge esse estado em que o tempo e o espaço não constituem mais obstáculos.”

CONTINUA...
 
Por:  Ras Tonton Fya Burning